Há uns anos, a mídia internacional anunciou que uma atleta australiana – campeã mundial dos 400 metros com barreira – teria retirado suas próteses de silicone mamárias com o propósito de aumentar suas chances de ganhar uma medalha nas Olimpíadas de Londres 2012.
Isso causou muita discussão e dúvidas na época. Todos nós já observamos na televisão que a maioria das atletas de alta performance não possuem suas mamas tão “avantajadas”, principalmente em modalidades como atletismo, natação, ciclismo, ginástica olímpica, citando apenas algumas onde questões como peso, aero ou hidrodinâmica fazem diferença de centésimos de segundos ou centésimos de uma nota que pode valer uma medalha.
Mas, a grande questão é: até quanto o tamanho das mamas pode atrapalhar no desempenho das atletas? Para responder a essa pergunta teríamos que separar caso a caso, mas é fato que mulheres com Hipertrofia Mamária (mamas muito grandes) podem apresentar alterações como: assadura nas dobras e sulcos das mamas ao suar em seus treinamentos, alterações posturais e até deformidades na coluna vertebral causando dor e perda de potência muscular, dificuldade de vestir seus uniformes esportivos (maiôs, roupas de ciclismo entre outros), além da chance maior de traumatizar as mamas.
Para aquelas que pensam em aumentar o volume das mamas com as próteses de silicone, é importante ressaltar que dependendo do esporte que é praticado e do quanto de volume pretende se colocar, são raríssimas as situações em que o aumento mamário em atletas estaria contraindicado.
Praticando o bom senso tanto da paciente quanto do cirurgião plástico, pode-se chegar a resultados harmoniosos esteticamente e que não irão atrapalhar na atividade esportiva. Afinal de contas, o bem-estar psíquico e a autoestima são tão importantes quanto à condição física para se alcançar ótimos resultados no esporte.
Dr. Gerson Ritz, Especialista em Cirurgia Plástica e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica: CRM/SC 13067 e RQE 6325.